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De acordo com o prestador global de serviços imobiliários Savills, o sentimento dos operadores imobiliários globais sobre o impacto da COVID-19 no setor é predominantemente negativo.

O inquérito realizado pela Savills mostra a percepção do impacto da emergência do coronavírus sobre variáveis como as transacções imobiliárias e as taxas de ocupação: em 67% das respostas o impacto é moderadamente negativo, enquanto 29% dos inquiridos o consideram extremamente negativo.

No mercado de capitais, verifica-se um declínio de 62% das transações dos setores imobiliários globais, particularmente no comércio e hotelaria, onde o declínio é superior a 80%.

Quanto aos preços, os estabelecimentos comerciais registaram um declínio em 82% dos países, excepto Portugal, China, Vietname e Malásia, mantendo-se inalterados nos setores residencial e não residencial, nomeadamente nos escritórios e na logística. Este último, em especial em 57% dos países, não se regista qualquer alteração para além de um aumento das transacções, sobretudo devido à forma como o setor tem estado ligado à logística no que diz respeito ao fornecimento de cuidados de saúde.

No que diz respeito aos escritórios, a procura de espaço diminuiu apenas moderadamente em 70% dos países (uma queda acentuada para 13% dos países). A mesma tendência, apenas moderadamente negativa, foi observada no setor residencial.

O setor hoteleiro, por outro lado, apresenta os piores resultados, com 95% dos inquiridos a registar quedas na procura devido à suspensão da circulação de pessoas. No que diz respeito às vendas no comércio, 74% dos países inquiridos apresentaram valores decrescentes.

No que diz respeito aos arrendamentos durante o período do coronavírus, possíveis incentivos poderiam evitar uma queda de valores, particularmente nos escritórios e na logística.