
Comprar casas por 1 euro é uma oportunidade única, não só para os italianos que querem fugir do caos da cidade e refugiar-se numa pequena aldeia, mas também para quem vem de países estrangeiros e gostaria de viver o sonho italiano sem gastar uma fortuna. Então, os estrangeiros podem comprar casas de 1 euro em Itália? E é possível comprar uma casa em Itália sem ser cidadão? Respondemos a essas e outras perguntas neste artigo, descrevendo quais os documentos necessários para poder comprar uma casa de 1 euro em Itália se fores estrangeiro.
Como funciona a compra de uma casa por 1 euro para cidadãos não italianos?
Em primeiro lugar, os estrangeiros podem comprar casas de 1 euro em Itália? Com certeza! Mesmo os cidadãos estrangeiros, ou seja, não residentes em Itália ou sem cidadania italiana, têm a oportunidade de aderir ao projeto da casa de 1 euro e, assim, poder comprar um imóvel por este preço simbólico.
Para tal, é obrigatório que o estrangeiro possua um código tributário italiano para poder pagar impostos. Além disso, este código, conhecido em Itália como o seu "codice fiscale", é uma ferramenta de identificação do cidadão ao lidar com órgãos públicos e a administração pública italiana.
A Agenzia delle Entrate (Receita Federal da Itália) é responsável pela emissão do código tributário e o serviço Fisconline o atribui imediatamente ao requerente por meio de uma conexão telemática. Para solicitar um código tributário italiano, é essencial enviar uma cópia do teu documento de identidade ao mesmo tempo. Para obter mais informações sobre como obter um código tributário italiano, consulta o nosso guia.
Documentos necessários para comprar uma casa de 1 euro em Itália
Para poder comprar casa por 1 euro, os documentos necessários a apresentar em simultâneo com o pedido são:
- um relatório a explicar a proposta de renovação do potencial comprador;
- documentação comprovando a posse dos requisitos necessários;
- uma declaração de compromisso de assinar a escritura pública de transferência do imóvel e de assumir a responsabilidade por todas as despesas.
Em alguns casos, a autarquia que vende casas a 1 euro pode ainda exigir uma caução no valor de 5 mil euros para garantir o compromisso assumido na conclusão da reabilitação do imóvel.
Visitar Itália e obter residência: tudo o que precisas de saber
Quem tiver interesse em visitar Bel Paese precisa estar de posse de pelo menos um dos três documentos, a saber: autorização de residência temporária, visto ou cidadania italiana. Um estrangeiro não pertencente à UE que chega das fronteiras externas do Espaço Schengen pode entrar no território italiano se:
- atravessam um ponto de passagem de fronteira;
- possuam um passaporte ou outro documento de viagem que permita o reconhecimento numa passagem de fronteira;
- ter documentos que justifiquem os motivos da estadia e demonstrem que tens os recursos financeiros necessários com base na duração da estadia e nas despesas de retorno ao país de origem
- sejam titulares de visto de trânsito ou entrada:
- não são objeto de indicação para efeitos de recusa de entrada no Sistema de Informação Schengen
- não são considerados perigosos para a ordem pública, a segurança nacional e as relações internacionais.
A rejeição pelas autoridades fronteiriças competentes também pode ocorrer por falta de apenas um destes requisitos. É útil sempre verificar as informações nos sites do governo italiano, pois os requerimentos e processos burocráticos podem mudar com o tempo.
Casas de 1 euro em Itália: como comprar uma
O projeto da casa de 1 euro em Itália envolve a venda de propriedades ao município pelo preço simbólico de 1 euro. A administração municipal atua como garantia da regularidade da venda, que é entre particulares. Quem compra casa por 1 euro assume vários compromissos, nomeadamente:
- planear um projeto de renovação e reavaliação dentro de um determinado período de tempo, geralmente decidido pelo município;
- arcar com as despesas notariais de registo e titulação;
- garantir que o trabalho seja iniciado dentro de um prazo específico.
Os potenciais compradores têm de contactar o município para aderirem à iniciativa e, em alguns casos, têm de preencher formulários. Normalmente, os compradores podem ser: empresas individuais, agências ou empresas, italianos privados, cidadãos da UE e não pertencentes à UE e associações de comerciantes.